Este mês foi divulgado um estudo feito pela McKinsey em parceria com a Scanntech, plataforma de dados com dados do varejo alimentar em 2021 e tendências que o setor deve experimentar em 2022 e nos próximos anos.
A pesquisa identificou os seguintes pontos:
Contexto econômico desafiador
O estudo menciona a projeção da inflação acima da meta, a estagnação do PIB, aumento da taxa Selic como fatores que compõem um cenário desafiador para os próximos anos. 70% dos consumidores devem buscar formas de economizar e 40% deles podem buscar substitutos mais econômicos. Para os varejistas, as dicas são adequar o sortimento de produtos, fortalecer marcas próprias e alternativas mais econômicas.
Expansão do atacarejo e formatos focados em experiência ou conveniência
A previsão é que o atacarejo continue em tendência de crescimento, com as redes em expansão. Além disso, também deve ser observado o fortalecimento de formatos diferentes, com foco em entregas rápidas, programadas ou por proximidade.
Aumento no interesse por produtos ligados à saúde
Diferente de outras categorias, segmentos de produtos com atributos de saudabilidade (orgânicos, nutritivos ou funcionais) devem continuar em crescimento. Cerca de 50% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos saudáveis.
Proposta de valor diferenciada
Segundo a pesquisa, atualmente, para crescer no varejo é necessário foco em uma proposta de valor diferenciada e distintiva. Principalmente em um cenário com margens reduzidas e alta competitividade. A sugestão é a criação de um ecossistema, que com oferta de produtos e serviços para as mais diferentes necessidades cotidianas do cliente.
Digital e Data Analytics são essenciais
O crescimento do varejo também está atrelado ao uso do digital e da análise de dados para entender profundamente as necessidades dos clientes e melhorar a experiência.
Foco no omnicanal
Nesse sentido, deve-se considerar a retomada do consumo presencial e as mudanças de comportamento do consumidor. O estudo mostra que 84% dos ouvidos optam por compras em lojas físicas, 76% escolhem a compra on-line com entrega em casa. Já 27% preferem comprar on-line e retirar em algum lugar, enquanto 24% preferem retirar na loja física.
Importante lembrar que o estudo mostra que o último ano foi marcado pela redução do poder de compra dos consumidores, tanto pela redução na renda quanto pela aceleração na inflação. Porém, apesar desse dado negativo, há perspectivas de oportunidades para diferentes áreas e regiões do Brasil. Outro dado chama a atenção: o ticket médio teve aumento de 8,4% no Brasil. É hora de se preparar para crescer nos próximos anos!
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